A Estrada

Quero ser o que já fui,...

evidencia-se tão sumido,...

deixar os espaços vazios,...

diferente logicamente,...

 

impossivél desejar

o que nunca se foi,

 

numa só passagem,...

este alcatrão inutilizado,

 

num frenesim espiritual,

numa bonança corpórea,

anelando desafogo,

 

de um gravame

de delonga imemorial,

 

lamúria espectral,

em gracejos sorridentes

a quem passa

 

na candura

de quem há muito acuou,

 

esmorecendo

em soturno júbilo,

 

padronizados no comum

etereamente discrepantes,

 

nauseando

estares estabelecidos

por bolorentos

códices,

 

dormente

em hiatos temporais,

devaneio

letargias em nuvens,

 

frustações de intuitos

que não alcanço,

num éden eremita,

contemplando mileniuns

de narração,

 

escrito em folhas vazias,

num silabário ignoto.

 

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