EU

Rasguei a minha alma, e as palavras não saíram,

Tentei gritar a minha dor, infligi-a aos outros.

Ódio!

Meu desejo de arder, e as minhas cinzas ao vento dar,

Fraca a minha carne, podre, suja, vã.

 

Desperdício de corpo, negra é a minha vida

sem poderes, sem forças ...

Fracassei a todos, nada fiz

Os meus tentos, abriram abismos

Tremeu a terra, o céu chorou.

 

Ao sabor do vento vagueiam os farrapos do meu ser,

outrora vivo, audaz

agora lacrimejante sangrento

voltei-a num rodopiar incessante de choro agudo e miserável.

 

Eu sou desespero, medo, raiva, terror

Eu sou nada.

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Comentários

Duros são os cânticos

desencantados,

que correm em prantos

rasgados.

 

Saudações de Boas Vindas, desde as Caldas!

 

_Abilio Henriques

Obrigado Abílio, não conhecia este clube mas faço parte de outro o Allpoetry.

 

Espero fazer amigos aqui.