Exímio e derradeiro
Autor: Frederico De Castro on Monday, 26 October 2015
Sou como sou
assim como as folhas
esvoaçando aos ventos
e depois atapetando os mesmos
caminhos com esperanças
pousando ante tuas esculturas
vivificadas entre enamorados
sentimentos repletos de lembranças
Sou como sou
acreditando contigo
inebriar-me fatídico
até chegar aos confins
do caminho
guardando-te em carícias
sorvendo-te em cada
palavra onde me escancaro
feliz,ingerente
junto às primícias do teu
predilecto lugar onde
te compartilho de forma irreverente
tão incondicionalmente
Sou assim
o que fui e serei…talhando
nos teus silêncios
nossas imensas tranquilidades
em ruidosos aplausos
satisfeitos
revestindo nossos
vaivéns de amor
em sossegados brados
hospitaleiros
perfumando toda a calígrafia
desta poesia que se esvai nos ventos
desfilando indigente em rimas
que se tateiam por tuas delícias
quando me apalavras mais que um beijo
exímio e derradeiro
tão a teu jeito
Deixemos a vida
convencer-se até
se repartir por todos os
séculos cruzando eternidades
em todos os roteiros de amor
erguendo-nos num doce
e desordeiro deslumbramento
até nos perdermos por fim
no labirinto onde gritamos
em uníssono cada gentil despertar
acontecendo e ornamentando
todo o imenso e tangível ressuscitar
FC
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