Existência que não apraz

Uma maldita frase ecoa na minha mente, como um encosto se refugiando nos pecados. Ouço quando as batidas do coração se exaltam, quando o desespero se apodera da carne decadente: ‘’existência que não apraz’’. Não posso culpar ninguém, sinto-me fraco perante os fugazes prazeres e na minha insolência. Nada mais me resume se não a insolência. A epiderme dos meus sentimentos tateia angústia. Sou o causador da própria existência, um tipo de autopoiesis do sofrimento humano. Dizem que a mão afaga é a que apedreja, porém, e quando não há mão, mas a própria consciência? Maldita consciência ensurdecendo os tímpanos! Existência que não apraz.
 

 

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