Fadiga de pedra

Quem ama, não ama,
Com os olhos, ou coração;
Ama com o pensamento,
De quem ama com a imaginação.

Caiam de cadeiras
Movidas por baleias,
Subam neste passeio
Roubado do que me veio.

Do cimo da ideia
Estará ao rubro
Encalhada, a fada:
A verosímil que cubro.

Toda a minha dentada,
Sem dentes para mais nada,
Toda ela é lida de emoção,
Fraca, e de vossa imaginação.

E a baleia devota não vem ao cimo
Para respirar, nem ao fundo vai; como?
Seria pouco imaginário: Não respira;
Apenas inspira para viver... na pedra.

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Comentários

até mesmo as pedras

de tormento

não são perdas

de tempo.

 

Votos de *Festas Felizes*

_Abílio Henriques.