A FIGUEIRA DO MEU PÁTIO
Autor: SÉRGIO TEIXEIRA on Saturday, 6 April 2013
Descobri que tenho sócios
No pátio aqui onde moro
Não se trata de negócios
Mas sem querer, colaboro
Quem trabalha é a natureza
Meus sócios, a passarada
Entre nós uma certeza
-Colhemos sem fazer nada
Somos sócios na figueira
Cooperativa sem risco
Sem figo, compro na feira
Passarada come cisco
Quando tem, pega quem quer
A natureza nos cede
Quantidade que quiser
Pois ninguém conta nem mede
Essa mãe mora na rua
Doa seu fruto materno
Não reclama ao ficar nua
Sem suas folhas no inverno
Nos homens a ganância aumenta
São da própria espécie, inimigos
A figueira nos alimenta
Com seus filhos, que são os figos
Por um dever de consciência
Com quem se dá por inteira
Presto minha reverência
Para o nosso “PÉ DE FIGUEIRA”.
Sérgio Teixeira
Bagé/RS
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