FIRMEZA

A solidão fez-me uma festa
Vestiu-me de fúnebres flores
De uma mortalha perfumada
Memória dos meus amores.

Nem uma lágrima resquício
Nas rezas das pobres carpideiras
Num pranto tão compassado
Não restou nada, nem a saudade.

Da dor do que outrora fui
Morrer, só por si, é ridículo
Ou talvez seja uma piada
Afinal morrer é uma dura ou suave.

Transgressão que não tem graça
Morrer é um exagero, mas quem sabe
Por isso não se apegue às coisas inúteis
Ame e perdoe sempre com firmeza.

Género: