Flutuando
Autor: Frederico De Castro on Sunday, 14 December 2014
Evapora-se o olfato pela noite
quebrantada na paisagem perfumada
dos teus olhos
espalham-se consoladas as labaredas
trémulas que inundam a fogueira dos nossos amores
quando restam no tempo a fartura constante
no seio dilacerado nos nossos beijos
no hálito fresco de cada madrugada
que rasga a eito minha solidão sem voz
que não mais escuto
meu cortejo alegórico,astuto,absoluto
ao resplandescer mais um dia
em cada silêncio que flutua
em cada noite cúmplice que a lua gentil ilumina
em cada sílaba que em surdina se aparta feliz
e tranquila adormece teu vulto que à luz da luz
se escapa na nesga de liberdade
efusiva,impassível e mais formosa
na hora que desponta impregnada
de perdão e tanta compassividade
FC
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