Fogo ou Gelo

Por quê me olhas assim?
Sabes que não vivo em paz?
Minha mente vive em profunda turbulência.
Quando me olhas, apenas eleva este ais.

Por muitas vezes me olhaste de relance
e pensas que não percebo;
também te olho, transcendendo os meus desejos.

Em suma, não venci os meus anseios
e em teus seios desabafei todos os meus medos,
mas, receoso de que fosses assustar-te,
alguns detalhes, omiti subsequente.

O certo e o errado sempre fora muito abstrato,
A ação correta a ser tomada nunca será de fato exata;
Portanto,
Entreguei-me aos meus desejos,
Entreguei-me aos teus doces beijos,
Entregando-me, deitei-me em teus seios.

O que é o amor,
Senão, o medo e a coragem disputando o mesmo espaço?
O coração ardendo,
Sem saber se é fogo ou gelo?!

Minha mente importuna, inquieta,
incomoda-me a todo instante,
atormentou-me quando, me olhaste de relance.
Porventura, fora só desvaneio?
Ou porventura foste tudo verdadeiro?

Incomoda-me,
meu coração ardendo;
Incomoda-me, não saber,
se é fogo ou gelo.

Se me vistes desta forma,
O que pensaria?
Veria-me como louco?
Ou os meus anseios acalmaria?

Incomoda-me,
considerar, Se me vistes desta forma,
Talvez,
nunca mais me olharia.
em teus seios, não mais me sucumbiria,
e meus anseios logo, prevaleceriam.

Incomoda-me não saber,
Se é somente devaneio,
Incomoda-me não saber,
Se és fogo ou se és gelo.

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