Fragilidade
Autor: Gila Moreira on Friday, 11 October 2013
Fragilidade
Pela calçada do Sol o vento arde
no caminho dos meus olhos frágeis de ti.
Dias, noites, tardes e entardeceres
São solitários de mim.
Recolho –me em busca
da água,
do ar,
do fogo e de nada.
Fragilidade que dita e apaga
a sombra do vazio.
Sou o silêncio em terra deserta de mim.
Ventos do Oeste movem-se
em campos de trigo seco,
reflexos do Sol em teu Céu.
Teus beijos frágeis elevam o meu corpo
sobre promessas passageiras.
Teus braços carregam a fragilidade do
meu Amor.
Teus olhos projetam a fragilidade do
coração.
Tuas mãos suavizam com fragilidade a dor
da saudade.
Tua voz serena apazigua a fragilidade de ter-te.
Chuva de lágrimas salgadas presenteadas
pela alma escorrem sobre o rosto feliz dos Amantes frágeis.
Gila Moreira
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