A GAIVOTA QUE AMAVA LISBOA
A GAIVOTA QUE AMAVA LISBOA
Gaivota perdida e encontrada por esta maresia,
De cheiros a águas esverdeadas do Tejo,
Levantas-te como o tempo quando a aragem se arriba,
Mas logo num brado da asa te vens e mergulhas nas margens,
Da tua Terra amada que é Lisboa.
E vais esvoaçando numa dança divinal,
E bailando por entre raios de luz,
No grande palco que é o teu Tejo,
Tendo como cenário Lisboa,
Por entre as suas águas murmurando,
E dançando do Nascente ao Poente
Vais bailando docemente numa exaltação,
Para quem te vê deixasses um libido amor,
A esta terra esta cidade chamada Lisboa.
E no final da tarde quando regressas da viagem
Para descansar, num cais que se chamam de colunas,
Que o entendeu como seu, no cimo do mastro Real,
Poisas sempre a ver os cacilheiros chegar,
E agradeces a esta tua linda Lisboa,
Que é a rainha de Portugal.
(Carlos Fernandes)