Gavetas Amontoadas

 

 

Desejei sim tua morte, para velar teu corpo nu e pálido.

Te penetro como um parto pelo averso e daqui de dentro do teu ventre, vasculho sem pressa suas gavetas amontoadas de complexos, frustrações, medos e vinganças... 

Contemplo tua morte calma sobre os meus ombros...

Assumo tuas fraquezas...

Desperta e me aceita como extensão do teu eu..

Te formato meu...

Tu és apenas pele marcada pelo tempo inútil.

É necessário morrer...

É necessário morrer...

Para ser inteiro!

 

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