Hoje choro eu...e velha Xica
Autor: Frederico De Castro on Monday, 10 August 2020

- para Waldemar...
De Cabinda ao Cunene choram todos os
Poentes ígneos, flamejantes e apaixonados
Polvilham o silêncio que esperneia magoado
Perdeu-se no tempo uma hora delirando dramática
À beira do Cuanza afogou-se um sonho tão cromático
Na passada colorimos um semba emocionante e galático
Resta a saudade e a memória da nossa Velha Xica
Terra rica Angola és livre, sempre foste minha namorada
Da Muxima colorida colho pra ti uma pitanga apetitosa e revigorada
Das acácias floridas chegará uma brisa elegante e fanática
Depositará no Cuanza as cinzas do teu ser poético…tão aromático
Cantará alegremente zumbindo qual marimbondo feliz e selvático
Frederico de Castro
Género: