Horas andarilhas
Autor: Frederico De Castro on Wednesday, 21 December 2022
Horas andarilhas sufragar um naipe de palavras
poéticas e harmónicas
Ali todos os ébrios silêncios apaziguam o farfalhar
sedento dos céus sinfónicos
Amaram no colo opulento e maiúsculo de tantas
indescritíveis emoções polifónicas
Numa hora andarilha flutua o tempo monótono, corroído
quizilento e deprimido
Atrelado à manhã reverbera um estereofónico eco tão magistral
tão absurdamente compadecido
Emoldura cada devaneio solitário prospetado por um suculento
desejo sempre bem ressarcido
FC
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