Humanidade é má

Sinto o temor
que corre em minhas veias,
agora a dor que sinto
já faz parte do que sou.
 
Nas madrugadas,
nas penumbras destas ruas,
criaturas obscuras,
a espreita nas vielas,
e o temor em minha mente transparece em minha face.
 
Em meio ao caos
que vive este mundo
a minha busca encerrou,
o paraíso não existe,
a minha busca encerrou.
 
Mas estes monstros
estão em becos em vielas,
que espreitam as donzelas,
e exalam um nefasto e maligno odor.
 
Me sinto só,
nas ruas já desertas,
em penumbras, em trevas,
sinto-me dilacerado,
Quem me feriu?
Sinto o veneno, a raiva,
que corre em minhas veias.
 
Grito socorro quando,
longínquo eu avisto,
um amigo que vem vindo,
mas o terror em sua face não esconde,
se esconde.
 
Em meio ao caos
que vive este mundo,
a minha busca encerrou,
lavo a calçada com o sangue
que demonstra o que sou.
 
Vermelho puro, escuro,
me fez lembrar,
humanidade é má,
me fez lembrar, agora,
humano sou.
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