Ilha de Sangue

Ilha de sangue



Paradisíaca ilha de Lampedusa,

Entre os muros e os navios 

Entre a verdade e o silencio 

Entre o sonho perdido de gente em busca de pão 

De pessoas indefesas ao encontro da morte

Morem homens entre olhar impávido 

Homens cheios de sonhos, serão esquecidos 

Portam se fecham, famílias sem o ente querido 

Festa se fazem, mesmo sabendo que do outro lado morem pessoas

Católicos firmando alianças, ganhando dinheiro 

Com os governantes africanos

Lampedusa terra da morte e do sonho perdido 

Busca da liberdade silencia sonhos 

Refugiados deixados a sua sorte

Entre o contrates das aguas azul se transformando em sangue 

Com o deleite de italianos em féria, os governos estão preocupado 

Morem homens africanos 

Reza-se missas no dia seguinte nada se fala mais 

Eles dizem no fundo dos seus corações

Esta gente é desmancha prazer 

Cidade que purifica cidade que mata 

Cidade que mata e vende a honra do ser humano em defesa das fronteiras 

Cidade santa ontem roubou construiu muralhas com as riquezas dos africanos 

Entre fronteiras estão os males causados 

Ilha de lampedusa esconde marcas

Do cinismo

Ao ódio

Dia pois dia Centenas de pessoas são

Resgatadas e levados para um centro

De recepção de imigrantes já superlotado

Na ilha de Lampedusa

Aonde tudo acontece

Pessoas serem tratos como animais sem dono 

E a igreja fingi que clama 



Autor: Ernesto Vita

Género: 

Comentários

Eis um dos dramas que nunca deixou de ser atual

- e também sempre atual, a indiferência humana.

 

Saudações de Boas Vindas e um Feliz 2014!

 

_Abílio Henriques.