Imortalidade

E se a morte de súbito, se suicidasse?

Quem, neste mundo, iria
Estabelecer a contínua ordem da vida?
Ficaríamos da mortalidade, desprovidos

Vivendo no ócio de nunca morrer.
Nossas peles enjelhariam-se, formando fendas negras onde
Milhares de bactérias se deleitavam
Nossos olhos seriam dois pontos clandestinos sob
Frias e cansadas pálpebras
Nossos membros cairiam despedaçados,
derrotados perante a irrelevância temporal.

Carentes das básicas necessidades de ser e estar
Viveríamos a inércia de não ter um fim.

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