Implante do silêncio
Autor: Frederico De Castro on Wednesday, 31 January 2018
Túrgida desperta a manhã velando a
Quietude que veste o semblante de todas
As carícias tão estimulantes, encharcando
A flocosa luz que irradia tanta euforia jubilante
Os sabores perfumados da manhã despontam deglutindo
Cada gargalhada tatuando os odores que aplaudem
O carretel de felicidade saltitando entre estes insaciáveis versos
Escritos num implante de tempo sempre tão apelante
Sem deixar cicatrizes o silêncio feriu a noite exalante
Resvalando num amontoado de solidões espevitadas e itinerantes
Premeditando este destino barricado em mim assim de rompante
E por fim doei-me todo furtando até aquela ilusão retida nesta
Fé tamanha que se ergue subtilmente, vigiando pelo periscópio
Da saudade este poema cordialmente todo o amor expiando
Numa nesga de tempo decorei a anatomia dos nossos beijos
Quando descortinei aquele segredo tão incandescente vestindo só os
Sussurros esquecidos no epicentro de um sonho tão deleitado e convincente
FC
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