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Autor: Gonçalo Cardeira on Thursday, 4 July 2013
Deixa-me rasgar entre dentes o cadastro
De sombrias dores na carne embutidas,
Deixa-me sufocar o cheiro que alastro,
Serei sempre o mártir das tuas feridas.
Deixa-me ser o que não tem sentido,
Escrever o desinteressante,
Sobreviver no sentido proibido
Sob o letal ar escaldante.
Deixa as minhas palavras arder
Sobre o peito onde nascem
Os suores que as viram crescer,
Rasgando na carne o início da viagem.
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Comentários
Rui Tojeira
4ª, 07/08/2013 - 21:18
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Olá Gonçalo...
Esse 'Início' é um bom começo, gostei do poema. Aguardo por mais.
Um abraço deste conterrâneo.
Gonçalo Cardeira
5ª, 17/10/2013 - 21:25
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Obrigado e um abraço.
Obrigado e um abraço.