Início

Deixa-me rasgar entre dentes o cadastro
De sombrias dores na carne embutidas,
Deixa-me sufocar o cheiro que alastro,
Serei sempre o mártir das tuas feridas.

Deixa-me ser o que não tem sentido,
Escrever o desinteressante,
Sobreviver no sentido proibido
Sob o letal ar escaldante.

Deixa as minhas palavras arder
Sobre o peito onde nascem
Os suores que as viram crescer,
Rasgando na carne o início da viagem.

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Comentários

Esse 'Início' é um bom começo, gostei do poema. Aguardo por mais.
Um abraço deste conterrâneo.

Obrigado e um abraço.