INCÓGNITO
Mãos de sabedoria, tens tu
Sobre as lascas e madeiras
Oh! humilde escultor
Que trazes no olhar o brilho da felicidade
A tua simplicidade envaidece tuas mãos
E enobrece a escultura que tens no coração.
Ah! preto velho...
Pequenino falante, grande aventureiro
Saboreias faminto o gosto pleno da fartura
Que tua alma esmaga, serena, sem censura
Nas tábuas simples, nas simples tábuas
A tua nobre e imensa escultura
Vai, caminha...
Nas estradas rudes da vida
Esculpindo a cada passo teu suor
A cada pranto o teu amor
Amando assim o que de belo lhe foi dado
Porque Deus, Grande Escultor, te fizeste sábio
Ah! preto velho...
Pequenino falante, grande aventureiro
Mãos de sabedoria a esculpir madeiras
Vai, caminha...
Oh! humilde escultor
Que tua alma enobrecida, a arte saboreia!