Indo nas marés
Autor: Frederico De Castro on Thursday, 25 August 2016
Trago nas mãos todos os ventos e marés
rumando e seduzindo cada lampejo de luar
ali à mercê da tua afabilidade que um beijo
deixou por insinuar
Trago algemado a mim este irónico
e factual silêncio demarcado num verso
excluso
fenecendo nestas fantasias onde deixámos
pactuar nossas solidões
num calvário de palavras libertando
da indiferença tantas e tantas emoções
Deixei a existência prosseguir em cada
desejo mais apetecido
debruando todo o silêncio que germina
num eco enfático e encarecido
…indo nas marés pernoito agora
nos teus braços num abraço
veloz
e tão apetecido
A razão fez um apelo solene à vida
arrebatando este absoluto e apetecido
tempo onde nos refrescamos em cada
gomo de luz concebido nas entranhas
deste poema
falando-te assim baixinho
arduamente
destemido
despido neste percurso de memórias
apaladadas, inspiradoras
ao olhar nítido de dois corações
se embriagando comprometidos
pela verdade tão arrebatadora
FC
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