" Inexisto..."

" Inexisto..."

 

Com um tímido olhar vasculho na sombra,
Que me amedronta, que me assombra,
E sonho o que nenhum mortal já mais tem sonhado,
Neste silêncio amplo e calado,
Calado fica; nesta quietação quieta...
Só tu,morte, palavra única na voz Profeta,
Levas-me, como um suspiro escasso,
Da minha triste Alma cais,
E no eco, que te ouviu, torturou-me no espaço;
Foi isso apenas, nada mais.

Acordo com a alma incendiada.
Logo depois... não sou mais nada,
Sou cinza, pó, vento que gela...
Tragicamente, cera da vela
Dessas duas palavras tais.
Nego a vida , não sou mais corpo,
Foda no Tempo... e nada mais.

 

Luis Ginja

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