Insanidades
Autor: Frederico De Castro on Sunday, 24 July 2016
Deixo aqui uma confissão
Alimentando outras ilusões
Transpirando de olhos
Esbugalhados
Alimentando insanidades
Perpetuadas num rabisco
De palavras doidas
Amordaçadas num aprisco
De silêncios errantes
Vendidas no preçário da vida
Onde dei à luz este poema
Assim tão conflitante
Deixo frases incessantes
Morrer ali num casto monólogo
Entre o sequestro de um sorriso
E o ribombar de todos os meus
Silêncios
Arrefecendo os ritmos loucos
Onde danço ao rufar dos
Tambores desta minha insanidade
Traficada pelas mentes
à mercê de um engatilhado
disparo certeiro lacrando toda
a (in)confundível cúmplicidade
Escrevo esta loucura
Como protocolo do destino
Onde escasseiam os versos
Tamborilando em mil palavras
Murmuradas às avessas
Sustentadas como promessas
Geridas minuciosas
Num roteiro de gargalhadas
Impressas no ego do tempo
Insano, esterilizando a mente
Quando fecundo um cacho
De palavras tão banalizadas
Autênticas e insanamente
Ajuizadas
FC
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