insolencia
Insolencia
A poucas horas da esperança um sorriso passou e tocou o vento
Outras almas curvaram-se e expetantes aguardaram o veredito
Ninguém ousou, até então desafiar assim, diretamente o tempo
Todos tinham medo do presente. O medo do eterno maldito
Que sorriso maluco, estrangulou a expetativa, deu a sentença
As outras horas fugiram para o túnel do passado de sentido único
Dos céus desceram raios, vieram ajudar em tamanha insolencia
das bocas os sorrisos se esconderam deixando para trás o louco
Do dia a luz se foi, chamada a noite se apresentou mais cedo
Os pássaros recolheram-se nas árvores, deixando a lua a descoberto
Outras almas partiram também, afinal todos tinham medo
O sorriso de certeza tamanha sabia que tinha feito o correto