Intriga-me a vida

A correria rotineira
nos torna despercebidos,
intolerantes, impacientes,
rumo ao mesmo destino.
 
A ambição em nossos olhos,
desfoca todo este brilho,
a natureza não se esconde,
sempre em nosso caminho.
 
A dor invade o peito quando a morte se aproxima,
quando surda toma a si,
nosso ente mais querido,
quando surda, dissipa,
a única luz que llumina.
 
Nossos gritos agoniantes,
demonstram todo este ais,
escorrendo sobre a face,
o tempo não volta atrás.
 
Ao nascer da Alvorada,
nossas almas já lavadas,
pelas lágrimas tão puras,
escorrendo-se em ais.
 
Relembrando tristemente, 
os momentos de agonia,
tornamo-nos impacientes,
na rotineira correria.
 
Diante da dor repentina,
a ambição põe-se a esvaecer,
a natureza não se esconde,
um novo brilho torna a aparecer.
 
No rotineiro dia a dia,
ao nosso lado a penumbra caminha,
intrigando-me mais que a morte,
intriga-me agora, a vida.
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