A invisibilidade do feliz
nas horas vagas percorro caminhos imensos onde o caminho é apenas isso, um caminho, as reflexões essas deixo-as para depois, para quando a memória e a vontade me deixarem materializá-las em palavras. enquanto percorro esses caminhos na minha secreta viagem, vou atendendo aos pormenores, aos pequenos detalhes do quotidiano, porque tudo é viagem, tudo é estar no ser. atenho-me em cada ponto do horizonte inacabado, e encontro o sacramental, o sagrado, o profano, a viragem do meu azimute. acredito no deus das pequenas coisas, onde a beleza de cada pormenor entra pelos olhos da alma e aquece a vida que nós temos. simples e somente isso. a viagem não se reduz a princípio, meio e fim, a viagem é sempre, secreta ou não. A viagem é pura, quando dentro da alma explosões de cor são invisíveis ao olhar dos outros.