Lágrimas solitárias!

A cada nova partida,

algumas abreviadas, outras traçadas

vidas e vidas de irmãos, filhos, amores,

paixões, amigos, vizinhos

É um pedaço de cada um de nós

eu aqui, distanciado em ‘solitude’

Brasileiro, com o meu coração apertado

Meu pranto é velado, a dor solidária

num silêncio respeitoso, oro

Mas hoje, os números assustam

não tenho rimas, nem versos

para expressar tamanha melancolia

Ligo a música que me alivia

as lágrimas escorrem desde a alma

envolvendo aos que me cercam

me rodeiam corações enlutados,

todos resultados da hipocrisia

da falta de humanidade e empatia

(DiCello, 17/03/2021)

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