Liberdade

Só morta me calarão

Nas ruas erguerei os punhos

Na liberdade que me querem roubar

Vou juntar-me aos famintos

Aqueles a quem é roubada a dignidade

“Paz, pão, trabalho, habitação”…

De novo o refrão que me levará à rua

Seja ela de dor ou amargura

Que me algemem

Que me amordacem

O grito continuará a ecoar

Como farpa perdida na noite

Serei de novo a canção

Serei de novo a espada

Ou apenas a pedra

Mas escrava, não!

Pausada a democracia

Continuo a gritar Liberdade

Venham carrascos

Venham vampiros

Suguem-me o sangue

Que o sangue novo vai renascer

E o grito 

Trará de volta o povo

Oprimido

Sem vontade

A precisar

Urgentemente

De reinventar caminhos

De abraçar novas lutas

De fazer ecoar

Bem alto

Esse grito esquecido

Liberdade

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Comentários

ah, existem tantos gritos amordaçados

- esperemos que um dia o tímpanos dos políticos explodam!

 

1 Abraço0!  

_Abilio Henriques