Longe a infância

"Often rebuked, yet always back returning
To those first feelings that were born with me"
BRONTË, Emily - Often rebuked, yet always back returning. In "Wuthering Heights and Agnes Grey", 1850

Ástreo o noema ou Poimandres num valete
De paus, luminar dúctil, asa lesta (1),
É a Aletheia a iriar em cônsona celesta,
E devine estelante. Axial, remete

A uma taumaturgia, ádito dos sete
Céus. "Laques" de Platão tenebriza esta
Mirificada progne quando entesta
A um aljube um quasar, noutra claquete (2):

A Oniro ocursa um hausto de cicuta,
Soçobrada a titónia, eduz daquela
Dessuetude noctífera, diluta (3).

Mas verne uma exitância paralela,
Remémora (4), feraz, que repercuta
Na sonoite um arché (5) e susta a procela.

 

(1) DICKINSON, Emily «“Hope” is the thing with feathers», 1861

(2) SHELLEY, Percy Bysshe - Mutability ["We are as clouds that veil the midnight moon"]. In "Alastor, or The Spirit of Solitude: And Other Poems", 1816

(3) MALLARMÉ, Stéphane - Renouveau.  In "Poésies", 1866

(4) BRONTË, Charlotte - Winter Stores. In "Poems by Currer, Ellis, and Acton Bell" London: Aylott and Jones, 8, Paternoster Row, 1846

(5) DICKINSON, Emily "Forever – is composed of Nows", 1863

Género: 

Comentários

Vai longe a infância da despreocupação... vem a idade adulta e obscurece-nos; mas se nos reunificarmos à criança que fomos, se voltarmos às raízes (o arché), na sonoite (no entardecer) da vida, não estaremos perdidos. Continuamos a caminhar. Simplesmente.