Loucos que dormem

Trajo ao colo feitiço campanário em pico serrano,
Vinhos, soberbas loucuras de estradas e pedras infantis soltas.

Brisas eram palmas e todos cantaram uma canção,
O peculiar doidejo dos aflitos embotados
Neste cênico campeão honroso partir de sol,
Olhos em brilhos e tudo o mais,
Anjos de papel &
Espíritos despidos

Tudo que espera sofre o que é dor
Tudo que vem sofre o ciúme
Outras facas alcançarão
Outras rezas talvez
Talvez não

Fica ali seu sonho de bobo enfeitado
Músicas morrem nos cárceres perdidos
Narizes assoados no tudo que cobra da vez.

“Veio” em veios as tintas grossas vermelhas:
Era o livro com páginas vivas das vistas,
“Era” viva as vistas nas páginas deste livro de eras.
Como sarmentos nos gritos os roucos coçaram a imensidão,
Passaram gentis rostos invisíveis a cantarolar e dançar
Na pareia nossa.
O som, ah o som e que som!
É no engatinho rebelde a furar bocados
Que trapaceamos feito dardos tortos
E ventos perdidos esquecidos livres
Nos choros dos rumos de todas as clemências.
Eis aqui os loucos que dormem,
Por aqui tornam-se pulos, raios... Um não estorvo,
Lá, bem lá! São coitados nos sonolentos uivos do moderno.

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