Luzes
As luzes da cidade anunciam
O inverno está chegando
E no céu as estrelas esmaecem
Com medo da escuridão.
Tudo que eu queria era ver aquela estrela
Que perto da lua brilhava
E logo esvoaçava
Na infnita imensidão dos seus olhos.
E o som do mar, o som do vento, de nós
Perdeu força
Para o som dos motores
Para o som dos tiros.
Tudo que eu queria era ouvir aquela música
Que diz que o amor
É coisa para profissional.
E as arvores, serenas e nobres
caíram
Caíram perante os trocos de ferro
Perante os troncos de concreto.
Tudo que eu queria era subir naquele cajueiro
E nos seus lábios
beber a doce seiva.
E as águas, límpidas e imaculadas
sujaram-se
Com o veneno das almas
Que descem esgoto abaixo,
Repletas de arrogância e ganância
Em busca de dias melhores.
Tudo que eu queria era beber aquela água
Que agora não tenho
Que agora não tenho!
Comentários
Arlete Klens
2ª, 18/11/2013 - 15:49
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NÃO CANSO DE LER-TE.
NÃO CANSO DE LER-TE.
E GOSTO MUITO, LINDA DEMAIS ESTA SUA ESCRITA.
PARABÉNS.