LYRA XX.
Autor: Tomás António G... on Monday, 26 November 2012
Em huma frondosa
Roseira se abria
Hum negro botão.
Marilia adorada
O pê lhe torcia
Com a branca mão.
Nas folhas viçosas
Á abelha inraivada
O corpo escondêo.
Tocou-lhe Marilia,
Na mão descuidada
A fera mordêo.
A penas lhe morde,
Marilia gritando,
C'o dedo fugio.
Amor, que nos bosques
Estava brincando,
Aos ais acudio.
Mal vio a rotura,
E o sangue espargido,
Que a Deoza mostrou;
Rizonho beijando
O dedo offendido,
Assim lhe fallou.
_Se tu for tão pouco
O pranto desatas,
Ah! dá-me attençaõ;
E como daquelle,
Que feres, e matas,
Naõ tens compaixaõ_?
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