LYRA XXVIII.
Autor: Tomás António G... on Sunday, 2 December 2012
Cupido tirando
Dos hombros a aljava,
N'um campo de flores
Contente brincava.
E o corpo tenrinho
Depois enfadado,
Incauto reclina
Na relva do prado.
Marilia formosa,
Que ao Deos conhecia,
Occulta espreitava
Quanto elle fazia.
Mal julga que dorme
Se chega contente,
As armas lhe furta,
E o Deos a não sente.
Os Faunos, mal virão
As armas roubadas,
Sahirão das grutas
Soltando rizadas.
Acorda Cupido,
E a causa sabendo,
A quantos o insultão
Responde, dizendo:
_Temieis as settas
Nas minhas mãos cruas?
Vereis o que podem
Agora nas suas_.
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