Manhã

A branda luz da manhã
Esgueira-se por entre as frinchas da janela
E... vem repousar no teu corpo nu

Dormes...
O cabelo em desalinho
Derramado no branco da almofada
O corpo imóvel
A respiracão ritmada
Que te faz ondular os seios

Olho-te só
O cheiro da tua pele adormecida
Sobe por mim
Os teus lábios entreabertos
Onde habitam mil beijos meus
E outros mil sobrevirão

Enquanto a luz te penteia
Contemplo o teu corpo desnudado
Onde tantas vezes me deito
Quando os teus olhos brilham...

Olho-te só...
E... espero que despertes
Só... para te sussurrar
Que te amo...
E sentir... o brilho do teu olhar...

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