Manhãs velozes futuros perdidos
Tu queres o limite obeso da vontade
E da excitação?
Terás da prova o regalo.
Digo-te!
Preparas vossa alma
Para adentrar o maior dos mais profundos buracos
A escuridão maior da não evasiva perdida treva.
Bem que assim o fiz
Que assim te digo,
O vulto poeta no exceder de todos jubilosos verões
Veraneios “charmosos” de todas as estações que palpitam
Quentes às severas hóstias de veneno,
Com risadas a valer por tudo.
Bem havia nisso o escárnio indecente
Assim, fui capaz de persuadir quem mais forte pensa que é
Para estuprar sem dó todas as madrugadas famintas.
Até que a rasteira de pernas longas veio
Com triste soco lamento da solidão ciumenta
Neste fim de coca deste inverno do inferno quente
A consumir em chamas minha pele sem regras,
A sangrar em brasas rubras
Minhas pupilas negras com fogo,
A quebrar frágil, minhas pernas nos ossos,
Jogando-me de joelhos os joelhos
A arrebentar o frio piso do chão
E nisto beijou-me na boca a doce boca da posse do óbito.
Com pulmão a queimar as vistas austrais
A manhã veio
Não me lembro bem
Nem acho nada
Bem concluo o nada,
Penso que chorava tímida em soluços pausados
Querendo um minuto calar-se