Manifestação

Para que a “última” manifestação interior seja – ainda mais – verdadeiramente sentida, é preciso primeiro deixar-se ser parte essencial em algo que o faça. E sinto que, que o quê o faz, sejam também floreios evaporados através duma boa dose. Eu, que quando sou só nada, ainda persisto completo; preenchido. Completo, porém, sei que sou, quando dentro das estrelinhas derramadas nas luzes, e conhecendo isso, nada, porém, sinto não ser, pois me vejo sendo mais a cerca das minhas emoções alteradas; violentadas; desvirginadas; impuras; imprudentes; incertas. Sou criança no ventre quando não as vejo. Como a terra; a ser pura até que sementes não sejam acaloradas junto a sua umidade; até que veinhas não sejam a partir delas perfuradas e abraçadas àquele úmido; até que o corpo da árvore não explore saída afora; até que ela não se aqueça aos raios de luz e não se esfrie as lagrimas; até que ela não dê seus frutos e não os amoleça; até que ela não envelheça; até que ela não feneça e se torne o refúgio sombrio dos abutres; até que a terra não seja sacrificada; até que no lugar não se criem outras terras e nessas outras superfícies sementes não venham a se tornar videiras, das quais seus galhos se assemelham ao “ninhozinho” do meu coração e as mais suntuosas entre as outras, aos meus detalhes dignos de apreciação.

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