Manuscrito no tempo
Autor: Frederico De Castro on Friday, 7 August 2015
– É longo o trajecto que deixei entregue ao passado
Tropeçando minhas lembranças num atalho intemporal
Onde projecto meu currículo de paz e amor abençoado
Servindo o vinho doce degustado em fontes de prazer sideral
– Tomei as cores do tempo só pra mim
Inventei mil paixões tão tamanhas e platónicas
Desfrutando gota a gota um cálice dos mesmos sabores
Onde me divirto em derrocadas de alegrias tão supremas e atónitas
– Amanhã assim que acordar, devolvo-te a paz do meu sonho
Abrigando em nós um simples rascunho de emoções perfeitas
Completando as saudades suturadas no tempo que morre tão tristonho
– Resta a dois semear todo o amor multiplicado por esta endoidecida saudade
Deixar na arqueologia deste poema a data onde jaz nossa excessiva alegria
Assim manifesta num romance que decifro em brados de plena cumplicidade
FC
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