MESSALINA

Lindos cabelos anelados
Louros entre o médio e avelã
Como auréola da santidade cristã
Pobre vida pagã entre festins e orgias de Baco.

Ao submundo Messalina descestes
Aprimorando teu corpo no calor do sexo
E introduzida a infâmia por vários mecenas
Nas alcovas de muitos fora a comida e bebida predileta.

Cláudio, teu marido, e de toda Roma Imperador
De tua fama, doce meretriz, sabia e corno como se sentia.

Tu Messalina, tal Salomé e tantas outras
Decadentes da história bebiam
Do branco e viscoso líquido e com seletividade
Do que chamam fonte da bela vida.

Tu Messalina era puta, rameira e bela meretriz
Nas convenções sociais e políticas para administrar
E dar base de apoio ao governo e família de teu par romano
Pobre ou correto Pan com chifres de enfeite, Cláudio
De tudo, Messalina, fazia para ter teu amor
Mas devassa não vivia sem tuas orgias.

O paganismo corre ainda em tuas veias
És admirada pelo povo romano
Que deve te ver retratada como santa
E por teu marido que te usa e se faz usado
Neste jogo sacana da vida.

Tu Messalina ardente é cobra ardilosa
Mulher decadente que já perde pela velhice
Que chega cavalar em tua pele branca
Craquelada pela falta de água
Pois esperma não hidrata, engravida e até mata
Não és mais lírio nem acácia real
Aquele antigo viço do frescor que conheceras
Só é hoje conservado pelas
Nereides ricas em mocidade e pureza.

Pobre Messalina e Cláudio
Dizem pela sociedade e pelo jogo de poder
Amarem a todos
Mas por denegrirem o corpo
Santidade de Cristo
Passam a não amar
Nem ao próprio eu de cada um
Que casados vivem na maior podridão
Histórica que já conheci.

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