Meu palco...meu poente
                          
              
        Autor:  Frederico De Castro on Sunday, 7 November 2021        
      
    
  
    
	 
	 
	 
	 
  
 
  
      
  
    
  

	Neste palco o poente espreguiça-se tão meditativo
	Estóico geme o crepúsculo delirante e provocativo
	Paranóico o silêncio suicida-se num rumor retroativo
	Neste palco o poente fecunda a noite com breus massivos
	Nos céus expectantes, o tempo fluidifica mil afagos curativos
	Entreaberta a escuridão consome tantos silêncios expressivos
	A cada hora que além fenece aparalta-se um murmúrio tão felino
Alimenta todos os côncavos e ígneos desejos quase subversivos
Rasga o ventre das palavras prenhes de rabiscos mais evasivos
Alimenta todos os côncavos e ígneos desejos quase subversivos
Rasga o ventre das palavras prenhes de rabiscos mais evasivos
	FC
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