Meu Vício!

Escrever é um vício
Aos ossos do ofício...
A estadia é tão curta!
E o luar embelezado
No matutino lusco-fusco
De um dia vivenciado...
Dane-se as opiniões!...
Escute o som do vácuo
Atenção ao lugarejo
À que foras designado!
 
Pense agora então,
Pense agora vai, então...
Seja agora! Se não
Serás memória de verão.
De verão, memórias então
Memórias então contarão!
 
Refocile-se na 
Caixa de ideias
Do fundo do seu
Entendimento...
Você então
Descobrirá todos
Os seus talentos!
(Você têm!)
Não venha me dizer
Que você não têm...
Pratique-os muito
 
Faça isso 
Sem deixar o ideal!
Buscar sempre o ideal
De romper, um por um,
Dos próprios limites...
 
[...] Memórias de ensejos
Escaravelhos negros
Horas, datas e pretextos. 
No fervo vilarejo irônico
Memorial de pirogravuras
(O Arco-íris fica como
Na visão de um daltônico?...)
Foi procurando a saída
Desse extenso labirinto
Que descobri minha cura!
Escrever!... Transcrever!...
Aqui ninguém me segura.
Com os olhos e a imaginação
Papel pode ser grande poder!
 
No papel viver! Criar!...
Algo além dos portifólios,
Pela arte do pincel
Pelo sonho de ser arte
Pela arte de ser arte!
Pelo sonho do pintor!...
Por ser bom
Livra todo mal
De mim,
Livra todo mal de mim...
 
Mas eu é que o diga!
Estive pertinho do fim!
Levantei as mãos aos céus!
Dessa vez,
Como filho fiel
Pela arte de ser arte
E pelo sonho do pincel!...
Se escrever é um vício
É um vício de alma!
Porque minha alma
Que sente no 'corpo'
O dom entre o cérebro
E uma folha de papel.
 
03 . 07 . 2014
 
Como homem, declaro meu vício!
Poemas Longos. 
 
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