MINAS PARA A POSTERIDADE
Autor: Maria on Thursday, 28 March 2013
MINAS PARA A POSTERIDADE
A posteridade é amanhã,
É a manhã que supomos ensolarada
Pelo nosso desejo de luz e calor.
E só o nosso desejo a faz assim:
Iluminada!
As reverberações dos raios do sol nos portais,
Os cotovelos na madeira aquecida das janelas
Abertas de par em par,
Uma a uma
E todas ao mesmo tempo
Na rua que desperta.
A posteridade se escoa
E se coa como o café de cheiro forte
Que paira no ar por alguns instantes
Há alguns séculos
Nas cozinhas de Minas Gerais.
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Comentários
Maria
6ª, 29/03/2013 - 00:19
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(Sem assunto)
Rui Tojeira
2ª, 27/05/2013 - 00:47
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Muito Bom...
Que agradável leitura os seus poemas proporcionam, este com um intenso aroma a café nas cozinhas de Minas Gerais. :)
Maria
2ª, 27/05/2013 - 01:30
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Sim, o café: o aroma de nossa
Sim, o café: o aroma de nossa infãncia, dos tempos de ontem, dos tempos de sempre...
"No meio-dia branco de luz uma voz que aprendeu
a ninar nos longes da senzala - e nunca se esqueceu
chamava para o café.
Café preto que nem a preta velha
café gostoso
café bom."( do poema Infância , de Carlos Drummond de Andrade, mineiro de Itabira)
Obrigada, Rui Tojeira, por ler os meus poemas.