MINHA GUITARRA

MINHA GUITARRA

 

Meus dedos percorrem a guitarra

Que chora um fado tristonho

Ao momento, o fadista se agarra

Com dor, que p´ra ele é medonho

 

Ele canta este difícil lamento

Em sua voz rouca, e segura

No poema deixa seu alento

Roubado da alma, de vida dura

 

A guitarra vai no timbrezinho

Com outras violas, e violas baixo

Tocam a traição, que mora pertinho

Deixando o fadista muito embaixo

 

E no magico ambiente castiço

Minha guitarra chora baixinho

O fadista me agradece sem feitiço

Por tocar o fado tão choradinho

 

De: fernando ramos

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