Mnemónica de Abraão

Mnemónica de Abraão em Canaã aventada,
Troveja a selva urbana embravecida.
Torvelinho, Betel. Enfim, a vida
Impele, propulsiona. Desterrada.

Clade d'Avalon(1), ruína, qual errata
À vista? E, só, em deserto amanhecida.
Ressurge-me no espaço-tempo a Vida
De mim, a Melusina mais abstracta.

Palingenesia embraia sob tais ventos,
Qual fiorde em tessituras desumanas
E laudativamente nos(2) reinvento

A fim de nos mantermos em hosana.
Não consinto em quedar-me comummente
E assim me transfiguro em inumana.

(1) do mito celta de Melusina
(2) aos que vivem comigo

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Comentários

Gostei muito do seu soneto. Vou esta atento à sua escrita.

Cumprimentos,

João Murty

Muito obrigada :)