Morro e Renasço

 

Nasço e  renasço

em metamorfoses salpicadas  de dor.

 

As flores perfumam-me ao acaso,

o mar salga-me em ondas trocistas

e a escrita partilha-me em palavras sem sinónimo.

 

As tuas mãos cobrem-me o corpo,

fonte de bálsamo para esta dor em que morro.

 

Não te vás!

Assiste-me no último suspiro,

acolhe-me no primeiro choro.

 

Sou como a Lua,

de fases que se extinguem,

percorrendo tempos de fim anunciado.

 

Saboreio cansaços,

derrotas, vitórias,

assistindo aos meus recomeços.

 

Sou simplesmente eu,

incompleta, 

em busca constante,

de mim, 

do Mundo, 

do Nada ou do Tudo.

 

Pérola

 
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