" Morte encriptada..."

“ Morte encriptada...”

 

Reflexo irradiado de uma vela queimada, tão doce para mim,

Limpa-me , regenera-me, coloca Meu nome... ali,

Organizo o pensamento, para o momento do suicídio...

Vou para um lugar estranho, falo de tempos por onde surgi.

Fora da rima, dor encriptada... quis ser em mim,

A tendência atirada, a porta selada...o caminho sem fim...

Olhar de Ambár, no manto negro da Morte...sorri,

Recolhe o ar quente da vela, deixa o meu corpo... evapora,

 E... no silêncio que restou eu senti,

O dardo enraízado na Alma, a loucura na mente acordada,

Que o Mundo profetizou para mim...

 

Cêra do ódio moldada, ressacada em dor cinzelada,

Serei poeta... serei mais nada,

Serei para sempre... uma mensagem perdida,

Numa agonia sem Fim.

 

Luís Ginja/ 2016

 

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