Murchado e esquecido

Murchado e esquecido,
Afrouxado pelas minhas escolhas,
Abandonado em um hospício,
O sanatório das malucas folhas.
 
A loucura é facultativa.
Vejo a nuvem indo embora,
E já não há lua que mitiga,
Nem estrelas no amanhã lá fora.

O meu floral tolhe na força,
A camisa o adorna em desespero,
Veste aos braços e que torça
O pescoço de quem pede flagelo.

Eu peço, nos malditos dias,
Só que eu bato em ninguém,
Mas no meu jardim são cortesias,
Cortesias das magnólias sem alguém.

 

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