Não Faz-sé Um Homem Com Devaneio

Assim como meu sorriso ausente,
Tem sido para mim teu ventre belo;
Fora, olhos meus estão; vieram vê-lo,
Cansado estou, de tocar-te distante.

Antes co'as mãos agora co'a mente,
Toco teu corpo ausente neste flagelo;
Sendo a única forma que sei senti-lo,
Pois, só o além toca estrela cadente.

Rasgue o teu mundo e dê-me o meio
Deste todo teu que jamais foi meu
Mais sofrimento tive do que tê-la

Não sou para desamores, um museu
Do meu coração, estou desampara-la
Não faz-sé um homem com devaneio

António Vicente Aposiopese

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