Não!--não foi sonho vão, vago delirio

Não!--não foi sonho vão, vago delirio
De imaginar ardente. Eu fui levado,
Galgando além do tempo, ás tardas horas,
Em que se passam scenas de mysterio,
Para dizer:--Tremei! Do altar á sombra
Tambem ha mau-dormir de somno extremo!»--

Vejo ainda o que vi: da sepultura
Ainda o halito frio me enregela
O suor do pavor na fronte; o sangue
Hesita immoto nas inertes veias;
E embora os labios murmurar não ousem,
Ainda, incessante, me repete na alma
Íntima voz:--Tremei! Do altar á sombra
Tambem ha mau-dormir de somno extremo!»--

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