NÃO VÁS AINDA

NÃO VÁS AINDA

Pouso o olhar no teu rosto cansado

Não preciso dizer nada, conheces-me como ninguém

Com passos incertos e vacilantes

Levas-me até ao velho sofá da sala

Acaricias-me os caracóis, como fazias em criança

Enquanto deixo correr em teu colo,

Meu pranto…

 

Cada ruga no teu rosto tem uma história,

Que a vida marcou em ti como ferro em brasa

Quantas vezes te vi esconder as lágrimas!

Cai o silêncio…Deixo falar os sentidos

Luto contra mim em dolorosa agonia

Quero dizer-te o que sinto

Mas a dor na alma tornou-me cruel

Perdoa-me…

Sinto-me como folhas em vai vêm

 

E nesta tristeza que me domina os dias

Quando a verdade me aterra, sinto o tempo apertado

A dor cresce em mim, como o joio não desejado

Perco o olhar no horizonte, imagino o final amargo e trágico

 

Não vás ainda…

Tenho tanto para te dizer

Sem ti perco o leme da esperança e não consigo remar

Não vás ainda…

O nada que agente sente…O tudo que a gente tem

Por favor…Não vás ainda MÃE!

 

Lurdes Rebelo

https://www.facebook.com/Pensamentoslurebelo/?ref=hl

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Comentários

Tocante... 

Grata Diana Santos.

Chorei... A minha já foi. Belo e com sentimento profundo este poema!

Abraços!

Grata Madalena, as mães deveriam ser eternas! <3

Grata Madalena. <3

heartkiss Beijo no coração... Mãe devaria ser eterna!

Abraços!