*Na floresta*

      Conversa nos abetos a bafagem,
      Nas franças range o vento compassado
      E á matilha esquivando-se um veado
      Pasma de vêr no bréjo a sua imagem.

      Que rumor tão subtil, que doce agrado,
      Poesia terna e perfida, selvagem,
      Em que os echos se arrastam na folhagem
      Entre doceis de musgo avelludado.

      Irrompem as gazellas nos aceiros
      E as cobras apparecem na giesta
      Quando as gralhas alagam os olmeiros.

      Triste como o silencio da floresta,
      Oiço dentro de mim uivos d'horror.
      Combatem dois leões--_Ciume e Amor!_

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